sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Metamorfose

Metamorfose é a transformação metabólica e anatômica que insetos, anfíbio e moluscos sofrem no transcorrer de seu ciclo de vida. A metamorfose está ligada ao tipo de desenvolvimento, deste modo, temos o desenvolvimento direto, onde os animais nascem semelhantes ao adulto da espécie, apresentando assim uma forma definida logo ao nascerem. Por outro lado, o desenvolvimento indireto os animais sofrem metamorfose e  o indivíduo ao nascer difere da forma adulta.

A metamorfose pode estar ligada a mudança de hábito ou habitat. Deste modo, as mudanças podem estar relacionadas ao meio, por exemplo girinos vivem exclusivamente na água diferentemente dos adultos que podem viver em meio terrestre, além disso mudanças morfológicas, bem como o hábito alimentar mudam completamente.



No caso dos insetos, a ocorrência da metamorfose e o tipo da mesma é utilizada como categorização, assim, segundo Krukemberghe Fonseca,  temos:

Ametábolos (sem metamorfose) → neste grupo o desenvolvimento é direto, ou seja, sem estágio larval. A partir da eclosão do ovo surge um organismo jovem semelhante ao adulto de sua espécie, porém com amadurecimento sexual em formação.
Exemplo: Reprodução das traças.

Hemimetábolos (metamorfose incompleta) → o desenvolvimento é indireto. Do ovo eclode um organismo não tão semelhante ao adulto, chamado de ninfa ou imago, posteriormente se diferenciando em adulto.
Exemplo: Reprodução dos gafanhotos (a ninfa não possui asas, presentes na fase adulta).

Holometábolos (metamorfose completa) → os insetos que passam por esse tipo de metamorfose possuem desenvolvimento indireto. Da eclosão do ovo surge uma larva que se transforma em pupa (crisálida), em seguida imago, atingindo o estágio adulto após sucessivas mudas (crescimento gradual com troca do exoesqueleto).
Exemplo: Reprodução das borboletas.


Abaixo um vídeo de Neil Bromhall que mostra uma borboleta monarca emergindo.



Vídeo deVinicius Claudino demonstrando a metamorfose de uma espécie de borboleta.


Por fim, o vídeo de Carlos Eduardo Godoy, demonstrando a metamorfose da rã touro gigante. 



Fontes

http://www.brasilescola.com/biologia/metamorfose-dos-insetos.htm
http://www.infoescola.com/biologia/metamorfose/
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioartropodes2.php
http://www.mundoeducacao.com/biologia/desenvolvimento-dos-insetos.htm

Qual é a diferença???

Muitas vezes alguns termos são difíceis de determinar e diferenciar. Você sabe qual a diferença entre cágados, jabutis e tartarugas?

A principal diferença está ligada ao habitat e na morfologia da espécie. Porém, muitas vezes as diferenças morfológicas não são aparentes, o que gera divergências entre o nome cientifico e o nome popular.

Os jabutis são exclusivamente terrestres, apresenta casco bem alto em relação aos outros dois, suas patas traseiras são cilíndricas assim como as dos elefantes. São lentos, apresentam uma grande generalidade no hábito alimentar, mas preferem vegetais. Entram em letargo no inverno, sendo comum cavarem um buraco no chão e entrarem no mesmo durante este período.



Já o cágado é um quelônio dulcícola, apresentam um casco achatado e um pescoço longo. Suas patas apresentam dedos com membranas que juntamente com a carapaça delgada facilitam o nado. Costumam descansar sob o sol, fora d'água; são ágeis; carnívoros com grande preferência por peixes.



Por fim as tartarugas podem ser marinhas ou dulcícolas. São semelhantes ao cágados, mas possuem patas modificadas que lembram remos. Diferentemente dos cágados não dobram a cabeça para o lado quando querem esconde-la dentro do casco. Geralmente se alimentam de moluscos, algas, crustáceos e peixes.


Fontes
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-a-diferenca-entre-tartaruga-jabuti-e-cagado
http://diariodebiologia.com/2012/01/como-diferenciar-tartaruga-jabuti-e-cagado/#.UmH_Q3CUFWw
http://sitebiologico.blogspot.com.br/search/label/Herpetologia

Plantas e suas partes na alimentação


Que as plantas são amplamente utilizadas todos nós sabemos. Entretanto, durante nosso cotidiano, por vezes, não percebemos a presença delas. Um bom exemplo é a utilização das plantas para nossa alimentação. Quando estamos apreciando nosso almoço não percebemos, mas boa parte do que ingerimos são partes de plantas, em geral aproveitamos partes especificas das plantas, inclusive estas espécies utilizadas (as cultivares) são fruto de anos de seleção e melhoramento, estas espécies existiam "selvagens" no meio ambiente, e durante anos foram selecionadas sementes dos indivíduos que apresentavam as qualidades esperadas, outro método largamente utilizado é a reprodução assexuada, onde indivíduos com as qualidades esperadas são selecionadas e assim temos cópias desses indivíduos. 

Bom, mas quais são são as partes das plantas que utilizamos em nossa alimentação?
Quando a planta realiza a fotossíntese ela produz substâncias orgânicas, utilizadas pela mesma como fonte de alimento. Esta produção pode ser maior do que a demanda da própria planta. Deste modo, a mesma armazena este excesso em estruturas, muitas vezes são estas estruturas que consumimos na nossa alimentação. 

Muitos frutos além de proteger as sementes, também possuem reservas, por vezes essas reservas atraem dispersores, em geral boa parte dos frutos utilizados pelo homem são carnosos.



Exemplo de frutos. Ao centro, um exemplo de legume.


O termo legume, as vezes é utilizado de maneira errada. O legume consiste em um tipo de fruto, também chamado de vagem, este fruto é comum na famílias das leguminosas ou fabáceas, como o feijão, soja, ervilha, entre outros. 

Boa parte das reservas acumuladas pelas plantas pode ser armazenada em órgãos subterrâneos. Que podem ser:

Raízes


Caules (tubérculos), apesar de parecer uma raiz a batatinha (batata inglesa) é um caule, chamado tubérculo.


Caules aéreos


A cana de açúcar assim como o palmito são exemplos de caules utilizados na alimentação humana.




Catafilos são as folhas (em geral incolores) carnosas que cobrem os bulbos (caule). Em geral os catafilos protegem as gemas das plantas. 



Diferença entre raiz, tubérculo e bulbo.


As sementes em geral podem apresentar reservas que podem ser utilizadas pelo embrião. Essas reservas podem ser proteicas, açucares e óleos.



Muitas folhas apresentam compostos aromáticos que aromatizam e dão sabor aos pratos (salsinha, cebolinha, alecrim, etc.). Outras apresentam minerais e grandes quantidades de minerais, justificando sua utilização na alimentação.



Até flores podem ser utilizadas na alimentação, como o brócolis e a couve-flor.




Fontes 


domingo, 13 de outubro de 2013



Fenologia

O que é fenologia?

A fenologia é o estudo da ocorrência de eventos biológicos repetitivos e das causas de sua ocorrência em relação às forças seletivas bióticas e abióticas e da sua inter-relação entre as fases caracterizadas por estes eventos, dentro de uma mesma ou de várias espécies (Lieth 1974).


A fenologia pode tratar de espécies animais(migração) ou vegetais (floração e frutificação). Este post será focado na fenologia vegetal. 

A fenologia remonta os primórdios da humanidade. Para muitos autores os primeiros registros sobre a fenologia estão registrados na Bíblia.

“...eis que passou o inverno, cessou o tempo e se foi, apareceram as flores na Terra, chegou o tempo de   cantarem as aves.... A figueira começou a dar figos e as videiras em flor exalam o seu aroma.” (Antigo Testamento - Rei Salomão)


As observações fenológicas tiveram início principalmente devido a necessidade do homem obter alimento. Deste modo, podemos destacar que a importância da fenologia reside na agricultura, a partir de calendários agrícolas que definem períodos adequados para o plantio e colheita de culturas. 



Atualmente os estudos fenológicos vem diversificando -se e demonstrando grande importância para o monitoramento de comunidades vegetais; permitindo a compreensão da dinâmica vegetal e desta forma, embasando estudos que buscam compreender a organização biológica de comunidades e ecossistemas, seja verificando como os recursos (flores(néctar e pólen) e frutos) ofertados pelas espécies vegetais estão estruturados ou em estudos de interação planta - animal (ex. polinização e herbivoria); estudos voltados para recuperação de áreas degradadas ou ainda no controle de espécies invasoras.



Como em geral os estudos fenológicos verificam a ocorrência de eventos biológicos ( ex. floração e frutificação) e as causas desses eventos sejam bióticos ( polinizadores e dispersores) ou abióticos (precipitação, temperatura e fotoperíodo), observou-se que estes estudos poderiam auxiliar trabalhos voltados na compreensão das mudanças climáticas. Assim, os dados fenológicos podem ser comparados com as variações abióticas permitindo verificá -las em grande escala geográfica e como as mudanças climáticas afetam processos fenológico, bem como o impacto potencial dessas mudanças climáticas nos ecossistemas naturais e na biodiversidade.




Lieth, H. 1970. Phenology in produtivity studies. Pp. 29-46. In: D. E. Reichle. Analysis of temperate forest ecossistems. Springer-Verlag, Berlim.

Lieth, H. 1974. Introduction to phenology and the modeling of seasonality. Phenology and seasonality modeling. Pp. 3-19. H. Lieth (ed.). Ecological Studies 8. Springer-Verlag, Berlin.  

Morellato, L. P. C. 1995. As estações do ano na floresta. Pp. 3741. In: L. P. C. Morellato & H. F. Leitão-Filho. Ecologia e preservação de uma floresta tropical urbana, Editora da Unicamp, Campinas. 

Morellato, L. P. C.; Leitão Filho, H. F. 1990. Estratégias fenológicas de espécies arbóreas em floresta semidecídua na Serra do Japí, Jundiaí, São Paulo. Revista brasileira de Biologia 50(1): 163-173. 













segunda-feira, 7 de outubro de 2013